sábado, 5 de novembro de 2022

ALFREDO FERNANDES

 


ALFREDO FERNANDES – PAU DOS FERROS E MOSSORÓ

Alfredo Fernandes, nascido na Fazenda Várzea Grande, município de Pau dos Ferros, a 05 de abril de 1884, filho de ADOLFO JOSÉ FERNANDES (23/04/1861 -20/09/1929) e de PRIMITIVA GOMES FERNANDES. Aos 09 anos passou a residir na sede do município, onde seus pais se estabeleceram com um pequeno armarinho. Em 1897,seu pai, Adolpho Fernandes, seguiu para o Amazonas,  ficando o pequeno Alfredo na companhia da mãe, residindo em casa de seu Tio Childerico, cursando os quatro anos do primário, único curso de toda a sua vida, quando sobre veioa terrível seca de 1898. Em 1900, volta Adolpho do Amazonas e já no ano seguinte, 1901, mudou-se com a família para Mossoró, onde Alfredo, rapazinho de 17 anos ,se emprega na firma de Tertuliano Fernandes, recebendo uma vassoura para fazer a faxina dos armazéns. Infelizmente, é atacado por uma violenta polinevrite, que o obriga a procurar recursos médicos no Recife, a expensas e seu parente e amigo Raimundo Fernandes. Corria então o ano de 1904. Recuperado, o mesmo Raimundo Fernandes coloca-o na firma Rodrigues Lima & Cia. posteriormente  Fiúza, Fernandes & Cia. Na qualidade de representante desta firma, percorreu a cavalo todo o litoral e sertão de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e parte do Piauí, quando retornou a Mossoró para gerenciar a secção de importação de tecidos de Tertuliano Fernandes, atividade a que se dedicou de 1904 até 1921, quando se desligou da firma para se estabelecer por conta própria, no ramo de exportação. Casado com sua prima Maria Fernandes Pessoa (Lalia), filha de Agostinho Pessoa de Queiróz e de Tertulina Fernandes de Queiróz, não cansou de enaltecer a figura de sua incomparável companheira de lutas, inspiradora de suas gloriosas realizações. Teve como auxiliares imediatos, primeiramente, o seu sobrinho ainda menino Pedro  Fernandes Ribeiro e depois o seu primo EzequielFernandes. Havia uma preocupação constante de colocar os elementos valorosos da família à frente das várias organizações inspiradas e fundadas pelo seu incessante lutar. Abriu filial de Alfredo Fernandes & Cia. Em Fortaleza e escritório no Rio de Janeiro, onde contou com o apoio do primo Christalino Fernandes. Com a morte de Raimundo Fernandes, coube a Alfredo Fernandes uma grande área de terrenos baldios à margem direita do rio Mossoró, aproveitável apenas para a exploração de salinas. Dirigindo-se diretamente à matriz de Wilson, Sons & Cia. Ltda., em Londres, recebeu um ano depois, em Mossoró, a visita de dois ingleses, com a finalidade de estudar a proposta comercial. Dessa iniciativa resultaram as construções das salinas de Mossoró. Devido ao seu estado de saúde, teve que mudar-se sucessivamente para Fortaleza, Salvador e Rio de Janeiro, mas ficou voltando sempre a Mossoró. Em 1932, sofreu a primeira crise cardíaca, o que não o impediu de dar continuidade a suas grandes inspirações, tornando-se fundador e idealizador de oito organizações comerciais. No Rio, aliou-se ao seu grande amigo Miguel Madeira de Freitas, fundando a Algodoeira Fernandes S/A. Com Paulo Fernandes e Vicente Fernandes, fundou a Salicultores de Mossoró/Macau Ltda. Em Areia Branca, com a participação de outro grande amigo, Manoel Bento de Sousa, constrói uma terceira salina com a razão social de Fernandes & Sousa Ltda. Foi o inspirador e animador da Sociedade  Nacional de Materiais e Forjas Ltda.(SONAFO), hoje grande e exclusiva importadora de metais do grupo do alumínio, com filiais em São Paulo e outros Estados.

Em 1940, adquiriu uma fazenda no município de Petrópolis, onde pretendia repousar, mas sua atividade incessante levava-o a deslocar-se continuamente para o Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul e os Estados do Norte,vivendo nessa luta até o fim de seus dias. Sempre foi o seu sonho instalar em Mossoró uma fábrica de tecidos e outra de soda cáustica. Deixou instalada a Fiação e Tecelagem Mossoró S/A, que tem servido ao progresso daquele grande centro comercial. Para ele, nenhum outro Estado brasileiro poderia retirar do Rio Grande do Norte - produtor do melhor algodão do país - a exploração da indústria têxtil. Não descurou também da assistência às entidades católicase filantrópicas. Foi grande amigo do Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara e de Dom João Batista Portocarrero  Costa,respectivamente,

bispos de Mossoró. Construiu o Patronato de Pau dos Ferros, que ostenta seu nome. Inúmeros municípios da zona Oeste foram por ele beneficiados, a ponto de ser muito difícil apontar qualquer iniciativa progressista e beneficente que não guarde apresença e a influência de suas organizações. Outrasinstituições que tiveram o seu integral apoio: Companhia Melhoramentos de Mossoró (Comensa) - energia elétrica;Rádio Difusora de Mossoró, Cinema Pax, Banco de Mossoró, Casa Bancária Norte-rio-grandense,Cooperativas Agrícolas, Centros de Saúde e outra  sentidades promotoras de progresso. Alfredo Fernandes jamais fez alarde de todo este trabalho honesto eprogressista, pois sempre se revelou avesso à publicidade eostentação. Contraiu ainda um segundo matrimônio. Faleceu, aos 64 anos, na noite de natal de 1948,precisamente às 24 horas, rodeado pela família e na presença daquele que, em vida, fora seu amigo dileto: o Cardeal do Rio de Janeiro, Dom Jaime de Barros Câmara. Foram seus filhos: Luís, José, Noêmia, Eldenir, Alaíde e Maria Edith Fernandes, casados e com descendentes;(Os dados biográficos de Alfredo Fernandes, acima referidos, foram extraídos da Revista do

“Bicentenário da  Paróquia e Centenário de Fundação de Pau dos Ferro

 

 

FONTE - João Bosco Fernandes – Antônio Fernandes Mousinho, foto extraída do site GENI

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